quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Amor...

Amor é demência.
Amor é insanidade.
Nobre e quente elouquência,
De toda a minha actividade.

Será amor, sinónimo de bravura?
Amor é consciente loucura
Fruto da minha amargura
Lágrima nua da minha saudade...

Amor... Temido pesadelo.
Amor... Eterna realidade.
Amor... Inocente fantasia...
Nobre veneno...
Cruel anestesia...
Assassino do alegre coração ameno.
Devorador de toda a verdade.

Amor, estripador de princípios,
Amor, aparente coragem.
Criador dos mais perfeitos precipícios.
Suplico que te alertes com a minha mensagem...
Choro aqui para assinar o armistício
Que me livre da guerra de toda a mente selvagem.

Carolina Gramacho
16.12.2009
22:30

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Sentindo tão intensamente tudo o que me rodeia

fechei-me na minha própria história.

Acabei presa na minha cadeia

Trancada na minha memória.


Pensando bem nenhuma diferença fará

Pois vivendo num sonho de eterna paixão

Mais uma lágrima só dará

Ainda mais asas ao fruto da minha vocação


Não sei como prefiro viver

Será melhor enfrentar a realidade?

Entregar-me à vida e deixar-me sofrer...

Ou deverei soltar-me na minha imaginação?

Onde a verdade e a razão

Simplesmente não cabem no meu coração

Nem existem sequer os motivos para fazê-las caber


Para quê lutar arranjando saída da memória

Se o mundo não merece o sangue

Que a verdade derramou na história

E, no entanto por ele nada mudou.

Se o gatilho se soltar

E a realidade voltar a atacar

Apenas morrerá outro alguém que nunca pecou

Ele não será mais que o fruto da saudade

De alguém que terno sonho idealizou